Home > Economia > Mercado de leilões online movimenta R$ 135 milhões no setor agrícola

Mercado de leilões online movimenta R$ 135 milhões no setor agrícola

O mercado de leilões online movimentou mais de R$ 135 milhões no setor agrícola, tendo como destaque as máquinas pesadas. Segundo levantamento realizado pela Superbid – portal de leilões –, o crescimento desse meio de comercialização tem se destacado nos últimos 2 anos.

São Paulo absorve a maior parte das ofertas, correspondendo a 25,6%. Já o Paraná responde por 15,1% do total e outros Estados produtores, como Minas Gerais (13,3%), Goiás (7,7%) e Rio Grande do Sul (6,8%) aparecem na lista de consumidores.

A análise aponta ainda que os leilões realizados entre os anos de 2016 e 2017 concretizaram a venda de 3 mil lotes. Como resultado, se comparado a 2016, neste ano o setor agrícola cresceu 46%.

A expectativa é fechar com arrecadação 20% acima da registrada em 2016. A diretora Comercial do Superbid, Jacqueline Luz, salienta que essa marca será alcançada. “Realizamos eventos agrícolas, no qual atendemos grandes marcas, grupos de fazendas e produtores que enxergam o portal como um canal para renovar a frota”.

A diretora explica que, ao longo dos anos, a empresa conquistou a confiança de quem vende e compra. “O setor agrícola está aquecido, já que a cada safra é preciso renovar os equipamentos. As fazendas, muitas vezes, tem apenas como opção o revendedor local. Com o portal é possível ampliar as possibilidades, pois em relação aos valores de mercado, o consumidor pode adquirir o maquinário com 20% a 40% a menos no total produto. No entanto, quem compra é responsável pela logística e manutenção, se precisar”.

Ela conta que a empresa foi pioneira no modelo de negócio no país. “É uma plataforma séria e transparente, na qual é possível ter segurança, porque está adquirindo itens de procedência”.

Contudo, diante da desconfiança de alguns no meio de negócio, Jacqueline esclarece que é realizada visitas técnicas para verificar o equipamento. “Vistoriamos e fazemos fotos, pois, hoje, o cliente compra informação. Caso o comprador queira ver in loco também é possível. Mas nos encarregamos de que toda a informação necessária esteja disponível no portal”.

Mercado em ascensão
Devido a crise econômica, muitas fábricas fecharam as portas, além disso, empresas, montadoras e empreendimentos declararam falência. Como consequência, o mercado de leilões ganhou espaço. Além dessa alta, o número de compradores também cresceu, é o que indica a pesquisa encomendada pela empresa Sato Leilões, realizada pela Arebo. Segundo os dados, nos últimos 2 anos, houve aumento de 43% nas transações realizadas no setor.

De acordo com o levantamento, o número de oferta por leilão disparou no Brasil, inclusive em São Paulo. São ofertas de imóveis, veículos, máquinas, eletrônicos e diversos outros objetos. Ainda conforme a pesquisa, os itens mais procurados são: roupas, sapatos e acessórios (43%), em segundo e terceiro lugar estão os artigos de escritório como mesa, cadeira, telefone (41%) e de informática e eletrônicos (37%).

A pesquisa também aponta que entre os compradores de leilão, apenas uma minoria é arrematante profissional, entre os entrevistados, somente 17% arrematou itens acima de R$ 2,5 mil. Os demais, encontram-se divididos entre gastos conservadores, com 27% de arremates de até R$ 500 e a maioria dos entrevistados, 34%, aceita gastar até R$ 2 mil em um leilão.

Corroborando com os dados, Jacqueline afirma que, com o decorrer dos anos, toda atividade leiloeira deve migrar para o meio virtual. “A Superbid é uma marca de credibilidade. Acreditamos nesse modelo de negócio. Todas as negociações são muito transparentes e, além disso, é uma negociação rápida dos bens, aproximando a oferta da demanda. Hoje, 85% do mercado corporativo, a Superbid negocia. Trabalhamos com os maiores players de agronegócio. A plataforma realmente consegue dar a transparência que as transações necessitam”, garante.

[table “” not found /]

Legalidade
Os sites de leilão precisam estar adequados aos aspectos legais. Segundo informações do portal do Sebrae Minas, para esse modelo de negócio, os trâmites são idênticos quanto ao registro e legalização de uma empresa que não é virtual. O empreendedor fará o registro da seguinte forma:
• Registrar na Junta Comercial;
• Registrar na Secretária da Fazenda;
• Registrar na Prefeitura do Município;
• Providenciar o cadastro de Conectividade Social junto à Caixa Econômica Federal;
• Requerer Alvará de Funcionamento;
• Providenciar adesão ao Sindicato Patronal.

Além disso, é necessário procurar o Procon local para adequar-se às exigências do Código de Defesa do Consumidor (Lei Nº. 8.078 de 11.09.1990). Em função das questões e impasses gerados na modalidade de comércio eletrônico são analisados e julgados com base no Código de Defesa do Consumidor. As questões tributárias e fiscais seguem igualmente a legislação aplicável ao comércio tradicional.