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Fusões e aquisições de empresas apresentam crescimento de 6%

Dados de um relatório da PwC Brasil apontaram um aumento de 6% no número de fusões e aquisições feitas de empresas, em outubro. O acumulado dos dez primeiros meses de 2017 revelam uma possível recuperação da economia, uma vez que foram realizadas 517 operações ante 490 feitas no ano passado. A região Sudeste segue com a maior concentração de transações: 69% da preferência dos investidores. São Paulo lidera com 53% das operações. Minas Gerais aparece com 6% dos negócios.

O sócio da PwC Brasil e líder em fusões e aquisições, Rogério Gollo, explica que, para este ano, a expectativa de crescimento é de 10%. “Para 2018, o esperado é crescer 20%. O número de fusões e aquisições aumenta quando a economia vai bem. As empresas se juntam para conquistar novos produtos, mercados e consumidores. Há 4 anos nós tínhamos uma quantidade maior dessas atividades, os índices estavam caindo até o ano passado e, agora, estamos nos recuperando”.

Ele acrescenta que se trata de um grande investimento e que este deve ser considerado de longo prazo. “Nós separamos dois tipos de investidores: o que opera uma indústria que compra uma marca e a mantém a fim de vender seus produtos. E os que compram as empresas que não estão bem para fazer um ajuste e, depois vendê-la obtendo mais lucro”.

Entenda

Fusões e aquisições é a movimentação de compra e venda de uma empresa. De acordo com Gollo, existem três formas principais. “Uma é comprar 100% das ações e cotas e passar a ser o único dono do estabelecimento. Outra é quando adquiri-se uma participação, como 20%, por exemplo. Uma aquisição minoritária. E tem a fusão, que é quando duas companhias se unem e criam uma terceira. Nós temos poucas aquisições no Brasil porque, geralmente, os negócios daqui não possuem um acionista controlador”.

Ele afirma que, na maioria dos países, existe um órgão do governo que tenta evitar que uma companhia tenha uma participação muito grande no mercado e que, por isso, vigia esse tipo de atividade de perto. “No Brasil é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Eles evitam que uma empresa vire oligopólio, pois, a partir daí, ela pode ditar os preços de seus produtos ou dos serviços. E se ele for muito alto, a concorrência não consegue fazer nada”.

Em destaque

O setor de Tecnologia da Informação (TI) é preferência do investidor, tendo 21% do total de operações este ano. Foram 105 negociações, aumento de 15% em relação aos primeiros dez meses do ano passado quando 91 transações foram feitas. Em outubro, 17% das operações foram do setor de TI.

Serviços auxiliares públicos representaram, cada um, 9% da fatia de investimentos no ano. Os serviços públicos se destacam nesse quadro, pois cresceram 96% do ano passado para cá, sendo 45 transações este ano ante 23 em 2016.