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Empresários não demonstram interesse na disputa para o governo

No início deste semestre, a imprensa noticiou a possibilidade de empresários mineiros disputarem o governo de Minas. No entanto, 2017 está chegando ao fim e os nomes cogitados estão caindo no esquecimento devido a falta de intensidade e desinteresse na caminhada política.

Entre os de maior prestígio do segmento produtivo cogita-se o presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior. Mas, ao longo do tempo, ele negou a vontade pessoal de se engajar no processo, a não ser se fosse de interesse de um grupo maior. Contudo, isso não aconteceu até o momento. Na realidade, o presidente da Fiemg também está envolvido com as demandas relativas à sucessão na própria federação e, além disso, há compromissos inerentes ao cargo dos quais o fazem dono de uma das agendas mais demandadas do Estado. No entanto, os observadores políticos lembram que a partir de maio, Machado deixará a entidade e ficará livre para novas empreitadas.

Além dele, fala-se no nome do prefeito de Betim e empresário, Vittorio Medioli (PHS). Porém, ao longo dos últimos meses, não se confirmou qualquer movimentação do empresário visando fortalecer a disputa para o pleito de 2018. Evidencia-se que sua pretensão é mesmo continuar como prefeito.

Já sobre o empresário Romeu Zema, poucas são as informações. Residente e atuante no Triângulo Mineiro, ele já declarou em algumas oportunidades, a intenção de se colocar à disposição dos eleitores no pleito do ano que vem. Contudo, o grande público não sabe exatamente se há ações que o credenciaria a manter-se em uma disputa tão expressiva. Não será fácil popularizar o seu nome perante um contingente de milhões de eleitores, especialmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com mais de 5 milhões de votantes.

Ser eleito governador de Minas não é uma tarefa fácil, dizem os amigos próximos ao atual presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci. A entidade é avaliada nacionalmente como uma das maiores do ramo em todo país. E, mesmo diante desse título, não há apoio de grupos políticos que visam fortalecer o projeto de Falci na disputa ao Palácio da Liberdade. Apesar disso, ele tem feito encontros e conversado com lideranças sobre o assunto, ou seja, não jogou a toalha.

Conhecido por sua posição de empreendedor nacionalista, Salim Mattar, criador e presidente do grupo Localiza, foi e continua sendo mencionado na lista dos prováveis nomes que têm condições de se postar como pré-candidato ao governo. Entretanto, ele em suas poucas aparições, se nega a discutir o tema. A impressão que fica é que essa suposta pretensão em abandonar a saga de grande empresário de sucesso, para ingressar na política, pode não ter passado de anseio de pessoas próximas, com uma boa pitada de especulação, inclusive, patrocinada pela própria imprensa estadual.

Segundo um ditado popular: “Em time que está ganhando não se mexe”. Esse é o retrato da atual situação, quando o nome a ser citado para fazer parte da lista de prováveis candidatos ao governo de Minas é o do presidente da Rede Itatiaia de Rádio, empresário e jornalista Emanuel Carneiro. Ele se esquiva quando o assunto vem à tona, afinal, ninguém sabe como o seu nome surgiu nesse debate político. Provavelmente tem a ver com uma antiga sondagem, quando ele apareceu entre os 10 mais influentes cidadãos da capital.