Home > Destaques > A controvertida presença de Anastasia no pleito de 2018

A controvertida presença de Anastasia no pleito de 2018

A semana foi controvérsia no que diz respeito ao futuro político do senador mineiro Antonio Anastasia (PSDB). O tucano continua fazendo contatos, como aconteceu em um encontro realizado, recentemente, entre empresários do Ceasa Minas, porém, na oportunidade, nada se falou sobre eleições. No entanto, sua recepção estava recheada de lideranças partidárias.

No passado, quem, efetivamente, comandava as campanhas do ex-governador era a então toda poderosa Andrea Neves, cidadã que, atualmente, não pode sequer sair de casa, no condomínio de luxo em Nova Lima, por estar em prisão domiciliar.

O atual senador não tem um histórico de disputas: chegou ao governo na condição de vice de Aécio Neves (PSDB). Depois foi eleito senador, segundo se comenta nos bastidores, sem a menor noção de aonde iria buscar votos e quanto gastaria em campanha. Tudo era articulado pelo grupo de seu padrinho Aécio.

PSDB x PT
Se por ventura decidir enfrentar o pleito do próximo ano, o senador será imediatamente jogado no “colo” de Aécio junto com suas respectivas mazelas, por conta de inúmeras denúncias, processo na Justiça, delação premiada e tudo mais. “É o candidato do nosso sonho para ser derrotado”, confidencia o deputado petista Rogério Correia”.

Apoio do grupo
Políticos experientes dizem que Anastasia seria o único capaz de reunir os denominados grupos de oposição ao atual governador Fernando Pimentel (PT). Ele tem capacidade de dialogar com o peemedebista Rodrigo Pacheco e com o ex-presidente da ALMG, Dinis Pinheiro (PP). Consta que até mesmo o circunspecto Marcio Lacerda (PSB) aceitaria ser liderado pelo senador. Mas, em relação ao ex-prefeito de BH, tudo é possível de acontecer, inclusive existe a possibilidade de seu partido impor uma candidatura própria ao governo de Minas, fazendo esvair entre os dedos, as chances dele caminhar para uma aliança com o grupo do ex-governador e atual senador do PSDB.

Nos bastidores da ALMG, a opinião de um jornalista da crônica política indica o seguinte: “Se a oposição continuar indecisa, o atual governador Pimentel poderá ser reeleito ainda no primeiro turno”. Traduzindo: os opositores só teriam um caminho: a união. Isso evitaria uma derrota e a chance de dizimar de vez o denominado grupo de Aécio, respeitado durante uma década como uma forte liderança política em Minas Gerais.

Opinião de quem sabe
Relativamente aos meandros da política mineira, o cientista político Malco Camargo, analisa: “Atualmente Anastasia é a maior estrela do PSDB mineiro. Não só pelo seu trabalho como senador, mas, principalmente, pela lembrança da sua ação enquanto governador. Porém, sua imagem pública construída à sombra de seu padrinho cresceu enquanto Aécio tinha uma boa imagem e, agora, o enfraquecimento dele também traz consequências para a imagem de Anastasia. Mesmo distante de escândalos de corrupção, ele terá um desempenho eleitoral aquém do que teria em outros tempos. Caso participe do pleito de 2018 será um ator relevante, mas não necessariamente liderará a oposição. Caso não participe, não tem força nem carisma para ancorar outra candidatura”.