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Oposição faz duras críticas ao governo em Coronel Fabriciano

O Partido dos Trabalhadores (PT) perdeu o comando de boa parte dos municípios brasileiros em 2016, passando de 638 para 256 prefeituras. O resultado representa uma queda de 60% na comparação com 2012. E em Coronel Fabriciano, o cenário político não poderia ser diferente. Depois de 12 anos no poder, o PSDB é quem assumiu a administração do Executivo. No entanto, o atual governo tem desagradado a oposição. O vereador Marcos da Luz (PT), faz críticas aos primeiros meses de gestão.

12 anos no poder

O PT assumiu a cadeira do Executivo em janeiro de 2005 e governou até dezembro de 2016, quando perdeu espaço para o PSDB. Para Marcos, havia um desgaste natural acumulado e um desejo de mudança por meio da busca pelo novo. “Respeito à vontade das urnas, mas acredito que a onda anti-PT e a negação da política favoreceram a eleição de um ilustre desconhecido”. Ele relembra a destituição de Dilma Rousseff (PT) e diz que isso foi altamente maléfico, levando o Brasil a atravessar esta grave crise.

Novo governo

Sobre os primeiros meses de governo do atual chefe do Executivo, Marcos Vinícius (PSDB), o petista diz: “Ele precisa parar de jogar a culpa nos governos anteriores e começar a governar a cidade, cumprindo com o que prometeu”.

Ele ressalta que a primeira ação do novo governo foi aumentar o salário do próprio prefeito, vice e secretários municipais, por meio da Lei da Reforma Administrativa. “Na área de educação, acabaram com a Escola de Tempo Integral, fecharam o Centro de Artes e Educação e também o Programa Qualificar, que ofertava cursos gratuitos e promovia inserção no mercado de trabalho. A APAE ficou 2 meses sem aula e o ‘kit escolar’ foi entregue 3 meses após o início do ano letivo. Estão sucateando uma educação que foi reconhecida no Estado e no país”.

De acordo com Marcos, a situação da saúde piorou muito. “Faltam médicos e remédios nos postos. Não tem mais o programa ‘Remédio em Casa’ e a UPA, que era para ser inaugurada em 100 dias, ficou na promessa”. A limpeza urbana é mais um problema. Segundo o vereador, dezenas de moradores o procuram para reclamar da falta de capina e varrição nos bairros.

Ainda de acordo com ele, tem mais de 2 mil lâmpadas de iluminação pública queimadas, provocando sensação de insegurança e aumento da violência. Na área administrativa também existem diversos problemas, como a paralisação dos sistemas de informática. Os servidores também aguardam o desfecho da campanha salarial, sem ter havido ainda nenhuma negociação.

A Prefeitura de Coronel Fabriciano se posicionou por meio de nota e informou que não houve aumento de salários do Executivo, nem de cargos de confiança. “A primeira medida do prefeito foi a reforma administrativa que extinguiu cinco secretarias e mais de 100 cargos comissionados, o que resultou numa economia de mais de R$ 1,2 milhão por ano”.

A nota reafirma o compromisso da nova gestão com a saúde que contratou 54 médicos para as UBSs e a implantação do Corujão da Saúde. “Foram investidos mais de R$ 500 mil na compra de medicamentos, além da contratação de farmacêuticos para aviar as receitas com segurança e orientação, serviço que nunca foi oferecido na rede de saúde. A UPA, que foi devolvida em 2012, foi resgatada pela atual gestão e já teve a portaria assinada pelo ministro da Saúde”.

Na área de educação, a prefeitura diz que o Centro de Artes e Educação era um prédio, como inúmeros da gestão passada, alugado por um valor exorbitante, assim como o Programa Qualificar que atendia poucas crianças. Ainda segundo a nota, a cidade está limpa, especialmente o Ribeirão Caladão que não passava por uma limpeza havia 12 anos. “A coleta do lixo está em dia e os entulhos foram retirados, mesmo a gestão passada tendo permitido a interdição do bota-fora por falta de licenciamento ambiental”.

De acordo com a prefeitura, a negociação salarial com os servidores ainda está em pauta com o sindicato da categoria e é mantida com o respeito e a seriedade que os servidores merecem. No que diz respeito à segurança, a nota diz que o vereador desrespeita o trabalho das polícias Militar e Civil, que lutam incansavelmente pela melhoria da segurança e já conseguiram reduzir drasticamente o número de homicídios e prisões por tráfico de drogas.