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Minas Gerais tem a melhor dupla de peteca do Brasil

Você já ouviu falar ou conhece alguém que joga peteca? Semelhante ao vôlei, a prática é disputada em uma quadra dividida por uma rede. Mas o que muitos não sabem é que Minas Gerais, também é referência nesse esporte. Foi aqui que as regras do jogo foram criadas na década de 1970, assim como a realização do primeiro Campeonato Brasileiro. De lá para cá, o que começou como brincadeira e uma forma de passatempo, rompeu as fronteiras e se tornou um esporte conhecido mundialmente.

Minas é o propulsor do crescimento da peteca no Brasil e Belo Horizonte é a capital dessa modalidade, com diversos clubes e associações recreativas, com pelo menos uma quadra para a prática. Na Associação Oi Art, por exemplo, o diretor de esportes do clube, Sidnei Mendonça de Souza, explica que o lugar possui quatro quadras e em média 120 praticantes. “Em torno de 15 a 20% são de alto rendimento, ou seja, disputam os campeonatos pelo Brasil. Cerca de 30% são de médio rendimento e participam de vez em quando de competições externas, mas sempre participam do interno. Os restantes são aqueles que gostam de praticar por lazer”.

O presidente da Confederação Brasileira de Peteca (CBP), Márcio Alves Pedrosa, estima que existem cerca de 40 mil petequeiros no Estado. “Atualmente temos oito federações espalhadas pelo Brasil e Minas tem o maior número de praticantes e também a maioria das equipes com o melhor desempenho. A peteca é um esporte que atende a todos os públicos e de todas as idades, além de ser uma atividade aeróbica e que ajuda a aliviar as tensões”.

Para Pedrosa, a peteca é um produto com fabricação concentrada no Estado mineiro. “Temos duas grandes fábricas oficiais que atendem o Brasil e até o exterior, que também produzem todos os produtos relacionados a esse esporte como suportes e redes”. Ele esclarece que durante todo o ano tem competições em diversas cidades e que os atletas têm que escolher de qual torneio participar tamanha a quantidade de eventos. “Uma das principais é o Campeonato Brasileiro de Peteca, onde apenas as seleções de cada Estado participam. Este ano, o evento será realizado em novembro”, finaliza.

Campeãs nacional
É de Minas Gerais a melhor dupla jogadora de peteca do Brasil. As atletas Cidinha Andrade, de Vespasiano, e Adriana Elizete, de Belo Horizonte, foram eleitas pelo segundo ano consecutivo, conforme o ranking do PEC World Tour. “Esse título representa nossa dedicação e o fruto de 6 anos de treinamento. Reforça e faz aumentar a nossa vontade de treinar e continuar conquistando títulos”, diz Cidinha.

Adriana comenta que é muito gratificante, uma vez que as duas se dedicam bastante. “Apesar da peteca não ser um esporte com muita representatividade no Brasil, nós abrimos mão de muita coisa para treinar. Então ser eleita a melhor dupla deixa a gente muita satisfeita de ver esse retorno”.

Cidinha conta como conheceu sua parceira. “Eu frequentava o Clube Oi Art e foi lá que conheci a Adriana. Acabamos nos tornando amigas e sempre treinávamos e jogávamos juntas. Há 6 anos eu fiz a proposta para formarmos uma dupla e competir. Juntas nós já conquistamos 7 títulos na Liga Brasileira de Peteca e 4 no Campeonato Brasileiro de Peteca. Além disso, existem outras competições nos últimos anos em que a gente ficou no pódio”.

Elas falam sobre o treinamento para os campeonatos. “Toda terça, quinta e sábado, a gente treina técnica e taticamente. Nas segundas, quartas e sextas, fazemos a parte física. Como os torneios vem crescendo e, para 2018, tem uma expectativa de 10 competições, temos que estar sempre preparadas”.

Cidinha observa que infelizmente a peteca ainda não é um esporte olímpico. “Existe uma dificuldade maior para conseguir patrocinadores, além da falta de divulgação. A transmissão dos eventos é apenas pela internet e não passa em nenhum canal aberto”, finaliza.

Conheça as regras
O objetivo principal é marcar pontos e consiste em fazer com que a peteca caia no chão do campo adversário. Os jogos podem ser de um jogador ou de duplas. Em geral, as partidas são disputadas em melhor de três, consagrando-se vencedor aquele que ganhar dois sets. Os dois primeiros se resolvem quando uma das equipes atingir a marca de 25 pontos, com uma diferença obrigatória de dois pontos. O terceiro set, quando houver, se resolve quando uma das equipes atingir a marca de 15 pontos, sendo sempre necessários dois pontos de diferença para essa definição.

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