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BH terá a sua primeira Feira Medieval aberta

As lutas são reais, contudo, tem regras e os combatentes são checados frequentemente (Arquivo Pessoal – Flávio Lopes)

Cavalheiros trajados em suas brilhantes armaduras, empunhando grandes espadas forjadas pelo fogo… Não, esse não é um conto de fadas e muito menos um conto heroico. Estamos falando a 1ª Feira Medieval Aberta de Belo Horizonte, que será realizada na Praça do Papa, na região Centro-Sul, no dia 11 de junho, das 10h às 18h.

Para quem gosta de viajar para os tempos antigos, o evento é um prato cheio. A ideia é reunir quem gosta ou tem qualquer relação com o tema medieval, seja cosplayer (pessoas que se vestem como personagens), músicos ou fornecedores, explica o organizador da feira e do Torneio Medieval Anno Domini, Flávio Lopes, que também é lutador do time brasileiro de combate medieval.

Segundo o organizador, esse é um evento cultural autorizado pela Prefeitura de Belo Horizonte e será aberto ao público. Quem quiser expor ou se apresentar é só aparecer. “Alguns amigos e eu vamos estar a caráter – com as vestimentas medievais, ou seja, armadura. E algumas bandas também irão se apresentar durante o dia, em shows acústicos sem palco – todas conhecidas do meio. Fornecedores de cerveja artesanal e hidromel – bebida típica da época –, roupas medievais etc, também estarão presentes. E haverá um mini amistoso de combate durante a feira, como se fosse no torneio”, conta.

A ideia para a realização de feira surgiu depois que Lopes participou de um torneio internacional em Barcelona – que é a Copa do Mundo dos Combates Medievais – Battle of the Nations. “Eu sou lutador e representei o Brasil no torneio. O grupo existe há 2 anos, mas a participação oficial foi neste ano. Fora da arena eu vi que funcionava uma feira – achei interessante e Belo Horizonte está precisando disso, pois tem muita gente que gosta do tema. Já fiz dois eventos cobrando ingressos, mas neste decidi fazer aberto”, afirma.

Flávio explica que as lutas não são ensaiadas. “São combates de verdade, no entanto, tem regras, assim como todo esporte. Os combatentes são checados regularmente”, explica. Segundo o lutador, hoje, quem tem interesse em ingressar nesse meio, existem três opções: atuando como juiz (investimento baixo), sendo escudeiro – pessoa que ajuda o lutador –, e como combatente medieval, no qual o custo é maior. “Para ser lutador a pessoa irá gastar em torno de R$ 7 mil, devido a armadura e os acessórios. Antes tudo era comprado fora, mas, agora, já existem muitos fornecedores no Brasil”, conta.

Repercussão
Nas redes sociais, os internautas já demonstram interesse pelo evento e garantem a presença. Como é o caso da técnica em patologia clínica, Amanda Muci, 26. Ela diz que estará presente e que montará um espaço para as pessoas montarem um visual medieval e fazer fotos.

Amanda afirma que curte o tema medieval desde 2006 e, em parceria com os fundadores do grupo Graal MG, criou uma história dentro das regras do manual Dungeos and Dragons (jogo), no qual os membros interpretam os papéis. Os encontros acontecem aos sábados, no Parque Ecológico, na Pampulha. “Hoje, os grupos estão se difundindo e por meio de jogos, séries, livros etc incentivam de forma espetacular a cultura e a história medieval. Eu costuro esporadicamente e tenho uma vasta coleção de trajes e fantasias medievais”.

Ela diz ainda que sempre participa e incentiva eventos desse tipo, pois acredita que é uma forma de agregar valor à essa cultura. “A feira é o primeiro passo para se explorar a cultura medieval e suas origens, além de ampliar o olhar dos belo-horizontinos para as histórias que esse tempo carrega”, conclui.

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