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Sugestão de unir PSDB ao PMDB desagrada lideranças

 

 

Ivair Nogueira: em 2018 o PMDB estará unido (Foto: Almg)
Ivair Nogueira: em 2018 o PMDB estará unido (Foto: Almg)

Embora a imprensa mineira tenha especulado sobre a possibilidade de uma debandada peemedebista em direção ao PSDB mineiro, alguns membros históricos do partido avaliam essa possibilidade como mínima. Isso porque quando chegar a hora de montar o cenário para a disputa de 2018 haverá espaços para negociação no qual, certamente, seria possível agregar as duas correntes que, hoje, se digladiam entre o vice-governador Antônio Andrade e o presidente da ALMG, Adalclever Lopes.

Apontado como uma raposa da política mineira, o deputado Ivair Nogueira, com 30 anos de parlamento e um dos fundadores do PMDB, acredita que o acordo liderado pelo presidente Adalclever Lopes de apoio aos deputados estaduais de seu partido ao governador Fernando Pimentel (PT) é para valer e consolidado. Mas, o parlamentar opina de maneira contrária sobre as especulações da divulgada defecção do partido.

Saulo Serra enxerga as divergências como parte do jogo democrático (Foto: Neilton Sávio)
Saulo Serra enxerga as divergências como parte do jogo democrático (Foto: Neilton Sávio)

Nogueira percebe se tratar de um movimento de intrigas e desavenças momentâneas, mas, perfeitamente cabível dentro do jogo democrático. Para ele, essa divergência é parte integrante de quem participa da vida pública. O deputado argumenta ainda que a divisão do PMDB, com a ida de alguns de seus membros para o PSDB, não passa de uma peça fantasiosa, pois isso traria problemas para os dois lados. “Quem garante que todo o comando do PSDB concorda com essa adesão?”, questiona.

Outras fontes ouvidas a respeito desse assunto corroboram com as considerações de Nogueira e alguns membros do partido no interior ainda disseram que a liderança política do deputado federal Rodrigo Pacheco deva ser preservada. Filiado ao PMDB, ele conquistou uma expressiva votação na disputa pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, no ano passado.

Presidente do PMDB de Nova Lima e membro importante do partido, Saulo Serra, segue a linha de raciocínio de Ivair Nogueira no que diz respeito à necessidade de resguardar os nomes influentes no bojo do partido: Toninho Andrade, Adalclever Lopes, Rodrigo Pacheco, Newton Cardoso, Saraiva Felipe, Leonardo Quintão e outros mais. “Essa turbulência é o resultado de opiniões diferentes, mas isso sempre foi normal nas fileiras do PMDB. Agora, quando chegar o pleito, no próximo ano, a Sigla estará unida em torno do atual vice-governador, atuando conjuntamente, porém em aliança com o PSDB ou ao lado de Fernando Pimentel, como ocorreu na eleição passada. No entanto, em formato de um grupo uníssono. Ademias, existe espaço para acomodar a todos diante do quadro mais amplo para a disputa de cargos majoritários: governador, vice-governadoria e duas vagas para o Senado”.

Bruno Siqueira é um curinga do partido (Foto: PMJF)
Bruno Siqueira é um curinga do partido (Foto: PMJF)

As citações das opções mais jovens, dentro do PMDB, para a o embate político que se avizinha não se concentra somente no nome do deputado Rodrigo Pacheco. Existe ainda o prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, ex-presidente da Câmara de Vereadores, ex-deputado estadual e, agora, reeleito prefeito da cidade.
Acima de tudo isso, hoje, ainda existe uma liderança forte entre os peemedebistas: o deputado federal Fábio Ramalho, o popular Fabinho Liderança, que é coordenador da bancada dos deputados federais, vice-presidente da Câmara Federal e faz um elo entre Minas e o presidente da República, Michel Temer, com quem nutre forte amizade.