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Lojas virtuais faturaram R$ 44 bilhões em 2016

 

48 milhões de pessoas compraram pela internet no ano passado (Fotos: divulgação)
48 milhões de pessoas compraram pela internet no ano passado (Fotos: divulgação)

A chegada da internet não revolucionou apenas o modo como às pessoas se comunicam, mas também como consomem. Segundo estudo do site Ebit, especializado em e-commerce no Brasil, as lojas virtuais faturaram R$ 44,4 bilhões em 2016, crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior. Além disso, a pesquisa constatou que 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano, alta de 22% ante 2015.

Apesar do bom resultado em 2016, se comparado com a situação econômica brasileira, Pedro Guasti, CEO do Ebit, diz que o e-commerce foi uma exceção no cenário financeiro nacional, mas destaca que o setor também sofreu com a crise financeira. “As vendas pela internet cresciam até 2013 em um ritmo médio anual de 30%, reduzindo para 25% em 2014, e para 15% em 2015, mas muito acima do apresentado pelo varejo restrito, cujo índice é medido pelo IBGE que em 2016 caiu 6,2%”.

Guasti acredita que a Black Friday teve grande impacto no bom resultado do e-commerce. “Em um único dia, 25 de novembro, as vendas atingiram a marca de R$1,9 bilhão, alta de 17% ante 2015. E soma-se a isso a expansão do mer¬cado de smartphones, que trouxe uma enorme gama de novos e-consumidores – mais de 21% das transações on-line fo¬ram realizadas por meio de dispositivos móveis em 2016”.

A Black Friday é um evento que “importamos” das lojas dos Estados Unidos. Neste dia, que sempre é a última sexta-feira do mês de novembro, vários estabelecimentos oferecem descontos. No Brasil, essa data é sempre marcada por um grande volume de vendas on-line.

O servidor público Rafael Eduardo Veloso, 27 anos, utiliza a internet para comprar produtos desde 2011 e diz que prefere as lojas virtuais pela comodidade e preços mais em conta. “Compro muitas coisas, como aparelhos celulares, acessórios para smartphones, automotivos, GPS, além de eletrodomésticos, como fogão e televisão”.

Dados do Ebit mostram que os produtos eletrônicos foram os mais vendidos em volume financeiro, 23% dos R$ 44 bilhões é nessa categoria; já as roupas e acessórios ficam em primeiro lugar se comparar com a quantidade de vendas. 13,6% do que foi vendido no ano passado eram artigos relacionados à moda.

Por sempre usar o cartão de crédito em suas compras on-line, Veloso não consegue saber quanto gasta. “Como são muitas compras, de valores variados e eu sempre divido em várias parcelas, é difícil estimar o valor exato”. Aproximadamente 33% da população brasileira prefere dividir as compras em mais de quatro vezes. Mas esta não foi à modalidade mais usada: 42,2% pagaram suas compras à vista.

Para o estudo, a preferência dos consumidores por pagar os produtos à vista se deve, principalmente, a dois fatores: descontos para quem optar por boleto bancário e a limitação de alguns sites para o parcelamento em 10 vezes.
E é justamente pelo preço mais baixo que as pessoas preferem as lojas on-line. “Em tempos de recessão, isso fez com que o consumidor encontre nas com¬pras virtuais um meio de economizar”, finaliza Guasti.

Perfil do consumidor 

Em 2016, a participação das mulheres no e-commerce foi maior do que a dos homens. Prova disso é que 51,6% das compras foram realizadas pelo público feminino, totalizando 1.572.584 consumidoras.
Por faixa etária, quem mais optou por produtos on-line foram pessoas de aproximadamente 43 anos, devido à entrada de novos consumidores com idade reduzida.

Se comparar por região, a Sul e Centro-Oeste registraram o maior crescimento de participação nas vendas do comércio eletrônico, ambas com aumento de aproximadamente 2% em relação a 2016. Já o Sudeste foi onde houve a maior redução do país, 4,5% a menos do que no ano anterior.

2017 promete
Os analistas do Ebit estão animados para 2017. Segundo estimativas, neste ano, as compras pela internet devem aumentar em 12%, com aproximadamente R$ 50 bilhões em faturamento. Para Guasti, a economia brasileira esboça seus primei¬ros sinais de melhora. “A expectativa é de um ano de crescimento nominal mais forte, ainda sem o brilho dos pri¬meiros anos desta década, mas voltando aos dois dígitos de crescimento”.

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