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Quem sabe, sabe

DÍVIDA EM TORNO DE R$100 MILHÕES

Seis meses após o encerramento dos Jogos Paraolímpicos, o Comitê Rio 2016 deve cerca de R$ 100 milhões. O valor é o montante que a entidade ainda precisa pagar para 36 empresas que trabalharam nos eventos da Olimpíada e da Paraolimpíada. Grande parte é dos setores de infraestrutura e montagens de instalações provisórias. Funcionários do órgão negociam com as companhias um desconto na conta. Eles acreditam que o valor do débito pode diminuir em R$ 20 milhões. Caso a entidade não consiga equacionar as dívidas, os mecanismos de garantias poderão ser acionados. Pelo acordo assinado com o COI, a prefeitura e o Governo do Estado teriam que bancar o déficit.

JOVENS NO TRABALHO DOMÉSTICO

O trabalho doméstico atrai cada vez menos jovens mulheres no país. A proporção de empregadas domésticas com até 29 anos caiu mais de 35 pontos percentuais em 20 anos, passando de 51,5% em 1995 para 16% em 2015. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

POPULAÇÃO MAIS POBRE

A população empobreceu. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, ao analisar a divisão do Produto Interno Bruto (PIB) pelo número de habitantes, de 2014 a 2016, o PIB per capita caiu 9,1%. No mesmo período, a população cresceu 0,9% ao ano. A queda de 9,1% é bastante relevante, de acordo com ela. “Nos 3 últimos anos, como a população continua crescendo, a queda do PIB per capita amplificou. O bolo encolheu e a quantidade de pessoas aumentou. Tem que colocar muita água no feijão”, afirmou ao apresentar o PIB de 2016.

CANAL ABERTO

Violência nas escolas. Mais da metade dos educadores de escolas públicas no Brasil afirmam ter presenciado agressões físicas ou verbais de alunos a funcionários, incluindo educadores professores, no ambiente escolar. 55% dos diretores e 51% dos professores, disseram que casos como esses acontecem nas escolas. Além disso, 11% dos diretores e 9% dos professores disseram ter sofrido ameaças de alunos. Os dados vêm de questionários aplicados a alunos do 5º e do 9º ano, seus professores de língua portuguesa e matemática e também os diretores que participaram da prova Brasil em 2015. Os números foram divulgados pelo portal QEdu. Além de perguntas específicas sobre o ensino e escola, todos os participantes responderam a questões de perfil social e econômico.

Plataforma piloto. A Petrobras conseguiu na Justiça retomar, num primeiro momento, a licitação da plataforma piloto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Em janeiro, o TRF da 1ª Região suspendeu a licitação após ação do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), sob a alegação de que o processo não cumpria regras de conteúdo estipuladas em contrato.

Com a corda toda. A ex-presidente Dilma Rousseff anda com a corda toda – e não só por causa da entrevista data ao “Valor”, na qual diz que foi sucedida por um governo de ladrões. Ela foi recebida, na semana passada, em Lisboa, como uma popstar. No dia 15, centenas de pessoas, a maioria de brasileiras, ficaram do lado de fora do Teatro da Trindade, que estava superlotado, para assistir uma palestra dela sobre democracia. Na véspera, ela já tinha sido, por 3 horas, o centro das atenções de uma dúzia de convidados num jantar na casa da jornalista Pilar del Rio, a viúva do escritor José Saramago (1922-2010), cuja fundação organizou a palestra.

Demagogo. O apresentador Faustão explica a razão pela qual pagou a conta da mesa onde estava Temer, sexta passada, no restaurante paulista La Tambouille: “Não teria problema nenhum em pagar. Seria um prazer. Mas, na verdade, o presidente estava almoçando com um amigo meu, em uma mesa ao lado. E este amigo pagou a conta na última vez em que almoçamos juntos. Eu quis apenas retribuir a gentileza deste amigo” – conta o apresentador. Conclusão: puxa saco.

Carne fraca. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o Brasil suspendeu a licença de exportação de 21 plantas de frigorífico sob investigação na Operação Carne Fraca, mas continuará a permitir a venda dos produtos dessas fábricas no mercado interno. “Temos que correr, porque não podemos permitir o fechamento de mercados. Para reabrir, seriam muitos anos de trabalho” afirmou o ministro. “Nossa preocupação é não deixar sem resposta todos os pedidos. A reação foi para evitar que mais países apreendam a carne brasileira. China, Coréia do Sul e Chile anunciaram a suspensão do comércio com o Brasil”.