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Mercado mineiro de franquias cresce mais que a média nacional

Em tempos de recessão econômica quem não quer iniciar um negócio que tem grandes chances de dar certo? O mercado de franquias, também conhecido como Franchising, tem se destacado no país, justamente, por dar ao empresário essa segurança, uma vez que a marca que ele irá aderir já foi aceita pelo mercado. O setor foi um dos poucos a fechar 2016 com índices positivos. O faturamento apresentado no ano passado é de R$151 bilhões, o que representa crescimento de 8,3% em relação a 2015.

O segmento foi responsável por empregar 1.192.495 brasileiros. E, os números são ainda mais positivos em Minas. O Estado é o terceiro principal mercado de franquias no Brasil e teve um aumento no faturamento de 9,7%, – índice maior que a média nacional.

A diretora regional da Associação Brasileira de Franchising (ABF) de Minas Gerais, Danyelle Van Straten, atribui o avanço do mercado de franquias ao fato dele ser uma rede que se organiza muito rápido para sobreviver a tempos difíceis. “O cenário em 2016 foi desafiador, mas, quando se está em uma rede, assim como o Franchising, existem estratégias montadas a fim de melhorar seu negócio. É a força do grande pensando no micro”.

Ela aponta que o setor é diferenciado. “A rede de negócios é cooperativa e colaborativa. Então, a partir do momento em que a pessoa se torna um franqueado, ela passa a ter acesso a estratégias de vendas e gestão de pessoas. Os negócios circulam muito mais rápido que um mercado independente, e em épocas difíceis a gente multiplica isso para se fortalecer”.

Principal atividade

O setor que apresentou melhor desenvolvimento dentro do mercado, foi o de Beleza, Saúde e Bem-estar, com crescimento de 15,5%. Para Danyelle, isso acontece, porque são atividades mais possíveis de se realizar e também pela necessidade da pessoa de manter a autoestima com para driblar os problemas. “O mercado de trabalho fica mais disputado em períodos de recessão e, com isso, cresce no indivíduo a vontade de estar de bem com a vida para conseguir coordenar tudo isso”.

A proprietária do Salão Socila, que é uma franquia, localizado no bairro Prado, Belisa Teixeira, corrobora com a fala da diretora. “A estética saiu do superficial para um item de necessidade básica. A pessoa quer aparentar estar bem, limpa e arrumada. E o mercado de trabalho cobra isso. Hoje, o brasileiro é o segundo na lista de quem mais se preocupa com beleza no mundo. E as pessoas gastam com cosméticos e afins”.

Belisa trabalha há anos no segmento e quando começou a crise, viu que, mesmo em recessão econômica, podia expandir seu negócio se fizesse dele uma franquia. “Quando a crise começou, em 2015, eu tinha um estabelecimento que era focado em estética e bem-estar, mas, ainda assim, tinha um público que vinha procurando as atividades comuns de salão de beleza. Depois de uma pesquisa, me identifiquei muito com a marca Socila, e, após me tornar franquiada, eu fortaleci o que já fazia”.

Ela acrescenta que sentiu um impacto positivo em sua decisão. “Quando se tem uma micro empresa, como a que eu tinha, você está sozinho e não tem ninguém para recorrer em meio à crise. Com a franquia, tudo ficou mais fácil. Primeiro, porque existe uma metodologia diferenciada e, além disso, você tem um suporte em relação ao que é preciso desenvolver na empresa, ao administrativo”.

Estratégias

Agora a proprietária vibra com o sucesso de seu negócio. “Hoje, dentro da minha empresa, não existe crise. Mas existe válvulas bem ajustadas que driblam isso. Nós sentimos um impacto muito grande em 2015 e trabalhamos para melhorar. Usei de inúmeras estratégias para fazer meus clientes voltarem ao meu salão e para atrair novos. Como consequência disso, consegui aumentar o número de funcionários e, agora, estou duplicando meu espaço”.

As estratégias são várias. “Eu sempre digo que o brasileiro não deixou de se arrumar e se ele não está no meu estabelecimento, ele está em outro. Nós fazemos eventos para chamar atenção do público, usamos muito a internet para ficar próximo deles, visitamos empresas a fim de fechar parcerias. Saímos da zona de conforto. É preciso pensar que, às vezes, nós perdemos por um lado, para ganhar de outro”.