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Economia criativa é pauta de investimentos no Estado

Mercado cresceu cerca de 70% em 10 anos (Foto: divulgação)

Você sabe o que é economia criativa? É um conceito criado para nomear as atividades econômicas e modelos de negócios originados a partir do conhecimento, criatividade e capital intelectual. Arquitetura, design, moda, gastronomia, turismo cultural e indústria, entretenimento, games, publicidade etc, podem ser conceituados como parte deste setor.

Especialistas no assunto apostam que esse novo modelo econômico seja o potencial de desenvolvimento do país no futuro. Para se ter ideia, em 2015 o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu uma queda de 3,7% em plena crise, com a inflação atingindo 10,7%. Enquanto isso, o PIB da indústria criativa chegou a R$ 126 bilhões, equivalente a 2,6% do que foi produzido no país naquele ano. Além disso, esses números representam avanço de 69,8% do mercado em 10 anos, acima dos 36,4% registrados pelo PIB nacional no mesmo período, de acordo com pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Desta forma, a economia criativa tornou-se uma poderosa força transformadora e um dos setores que mais cresce em geração de renda, criação de empregos e ganhos na exportação.

Pensando nisso, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a Fundação João Pinheiro, a UFMG, o Sebrae e o Sistema Fiemg abriram discussão sobre o tema no Estado pelo Seminário: Plano Estadual da Economia Criativa em Minas Gerais, que foi realizado de 7 a 10 de novembro, no BDMG Cultural. “O seminário permitiu um aprofundamento teórico, debate conceitual e avanço prático, já que congrega várias instituições públicas. Estamos também ampliando o diálogo com o setor criativo e produtivo por convidar representantes de várias áreas da economia criativa do Estado para participar das discussões”, explica o presidente do BDMG Cultural, João Paulo Cunha

Um dos palestrantes foi o doutor em ciências, professor da Universidade Federal da Paraíba e um dos mais destacados pesquisadores do setor, Marco Acco. Para ele, discutir o assunto com clareza é de suma importância. “Eu aceitei o desafio de discutir esse tema para tentar pensar em conjunto o conceito da economia criativa em si e a possível formulação de uma política pública para abordar o assunto. Nas últimas décadas, esse modelo econômico teve uma crescente muito grande, principalmente, pautado como um conjunto de atividades com suas dinâmicas, obstáculos e oportunidades. Por isso, é fundamental ter lucidez sobre isso”, diz.

Minas Criativa

O objetivo do projeto é diagnosticar os diferentes setores que compõem a Economia Criativa do Estado, identificando dificuldades e também potencialidades de desenvolvimento e atender às demandas de empresas em Minas. Como parte de um conjunto de iniciativas do Governo do Estado, o BDMG apresentou sua linha de financiamento para capital de giro, o Minas Criativa.

Os investimentos apresentam condições especiais para as micro e pequenas empresas – que faturam até R$ 30 milhões por ano – e que atuam no cenário mineiro gerando cultura e conhecimento nas áreas de audiovisual, música, teatro, livros, jogos digitais, design, moda, gastronomia etc. Além disso, o Minas Criativa promete um acesso simplificado, pois sua solicitação é online e as taxas são a partir de 1,74% ao mês, com um limite de financiamento de R$ 100 mil por cliente e prazo de até 48 meses para quitação e carência de até 6 meses para começar a pagar.